O Peso Relativo é um indicador de complexidade da casuística do internamento que mede a complexidade do hospital em relação à complexidade do grupo de referência que serve de comparador ao hospital (conceito próximo do Índice de de Casemix, calculado em Portugal, apenas não se aplica a doentes equivalentes, mas a doentes saídos). Na sua vertente mais desagregada, o Peso Relativo de um episódio classificado num Grupo de Diagnósticos Homogéneos (GDH) representa uma medida do custo esperado desse episódio relativamente ao episódio médio. Por exemplo, se um episódio agrupado na classe "Parto vaginal, sem diagnóstico complicado" tem um peso relativo de 0,563 significa que o seu custo esperado corresponde a 56,3% do custo esperado para o episódio médio. Estes pesos relativos são calculados anualmente em cada revisão dos GDH.
Desde uma perspetiva mais agregada, também é possível obter o Peso Relativo para um conjunto determinado de episódios (por exemplo, os atendidos por um hospital ou por um serviço clínico concreto). Por vezes, pode ser desejável conhecer até que ponto a atividade realizada por um hospital é mais ou menos complexa em termos de custo esperado em relação a hospitais similares (por exemplo, para analisar os custos esperados desse hospital em relação ao que seria de esperar).
Através da informação fornecida pelos GDH, é relativamente fácil observar se um hospital atende casos mais complexos do que o seu grupo de comparação e quantificar essa diferença: basta dividir o Peso Médio (PM) desse hospital pelo Peso Médio (PM) do seu grupo de referência selecionados para servir de comparador (o qual passa a ser base 1.00). Assim sendo, se o valor do rácio for >1, a casuística do hospital tem maior complexidade média, em termos de custos, do que a do Padrão; se o valor for <1, a casuística é de menor complexidade média, em termos de custos, do que a do Padrão.
