Os hospitais nacionais registam desde os princípios dos anos 90, por regulamento ministerial, o denominado Conjunto Mínimo Básico de Dados (CMBD) sobre cada paciente atendido em cada hospital do país, especialmente, nos hospitais públicos. Nos últimos anos, além dos episódios com admissão convencional hospitalar, registam-se também os episódios de Cirurgia em Ambulatório e, mais recentemente, os dos Hospitais de Dia.
O CMBD contém informação muito valiosa para conhecer a realidade da saúde de uma população, já que além de recolher os dados demográficos habituais (idade, sexo, localidade de residência), regista o diagnóstico que motivou a admissão (diagnóstico principal), os factores de risco, comorbilidade e complicações que o paciente apresenta durante a admissão (diagnósticos secundários), algumas técnicas de diagnóstico relevantes e as intervenções terapêuticas, sobretudo de tipo cirúrgico, que foram aplicadas para tratar o paciente (os procedimentos). Finalmente, no CMBD consta a data de admissão e de alta do paciente, assim como o tipo de admissão (urgente, planeada) e o destino após a alta do paciente (regresso ao domicílio, óbito, transferência para outro hospital, etc.).
Os diagnósticos e os procedimentos recolhidos são codificados de acordo com a Classificação Internacional de Doenças, na versão da sua modificação clínica (ICD-9-MC). Esta codificação clínica é a que permite em última instância agrupar os diferentes episódios de prestação de assistência num hospital em Grupos de Diagnósticos Homogéneos (GDH).